segunda-feira, 29 de março de 2010

ESSES OUTROS, POBRES OUTROS...


Over and over again, os outros.
Sim, os outros que me atingem ou seria eu que me deixo atingir?
Não, os outros porque possuem uma visão limita, restrita e tão inconsciente que nem sabem que estão atingindo, mas estão.

Enfim, os outros, porque são a partir deles que nos vemos refletidos ou vai ver sou só eu que me deixo levar.
Não é que me deixe levar, mas me incomodam.

Me incomodam esses outros que não são gentis, que sempre que podem fazem questão de exercer poder e que não enxergam um palmo além do seu próprio umbigo.
Me incomodam aqueles que olham tudo através da mesma perspectiva anos a fio, que não entenderam ainda que só depende deles alterarem seus estilos de vida e assim vão se tolindo, encolhendo...até ficarem tão chatos e mesquinhos que ninguém quer chegar perto.
Engraçado como isso se reflete no semblante desses outros.
O corpo fala.
A linguagem não verbal é reveladora quando se trata deles.
Dizem algo, mas mostram o contrário, através de gestos e do olhar.
São as sutilezas que não precisam ser ditas, são apenas sentidas ou simplesmente confessadas através da liguagem corporal.

Esses outros tendem à inveja, ao pessimisto, à depressão, ao mau humor, à insônia, ao isolamento, à solidão....enfim....tendem a enxergar toda a sua vida e seus contextos por uma ótica nociva e consequentemente se tornam pessoas amargas, ressentidas e até àsperas, se formos entrar no ramo das texturas.

Quando questionados se não estão sendo negativos demais, esses outros possuem vários argumentos, dentre eles de que não estão sendo negativos e sim realistas!

Minha resposta para esses outros poderia ser esta:

"A realidade é fruto de nosso trabalho mental, ela sempre vai tender a contornos de quem a observa e escolhe o quê e como observar.
Não existe o lá fora, sem existir o aqui dentro. De onde vem a criação da realidade senão de dentro da gente? A paisagem não muda, mas nossa interpretação sobre ela, sim"
(Trecho do livro Efeito Aranha, 2007)

segunda-feira, 1 de março de 2010

SUNSET VOYEUR


Olhar pelo buraco da fechadura.
Ver sem ser visto.
Mais do que um mero BBB, em que a espiadinha é compartilhada, também, por milhões de telespectadores, o 'ver sem ser visto' é quase como um deleite.
Ouvir sem ser visto também acontece (ainda mais com um casal de vizinhos como o meu).

Im a sunset voyeur, lí esta frase numa camiseta dia desses e me identifiquei.
Sempre fui uma adoradora do Sol e de toda a sua força, tanto que nos meus idos 16 anos fiz a primeira e até agora única tatuagem em homenagem a ele. Não é um desenho de sol radiante. Ele é até meio brabo, meio sisudo e só em preto. Para tentar amenizar com a sua antipatia, criei um conceito e digo que o meu solzinho (não tão inho assim), nas costas, só sorri pra quem convém ou pra quem me convém.

Mas vim aqui mesmo pra dizer que apesar de ter um sol eterno no meu corpo, ando mais da noite. Ainda mais de noites de lua cheia como essas. Ando mais da lua, de lua por assim dizer.
Uma noite da caça e outra do caçador.