terça-feira, 22 de junho de 2010

REENCONTROS, OS OUTROS, IDAS E MANTRAS...


As noites continuam insones, já o blá, blá, blá anda mais focado, ao menos.
Semanas decisivas, vários dias D's. Contagem regressiva.
Não estou falando da Copa do Mundo (aliás, me sinto totalmente descontextualizada em dias de jogo do Brasil, no primeiro, estava em trânsito, só eu e mais dois na Av. Ipiranga e no último jogo de domingo, estava dormindo...).

Well, besides the world cup, há também muito trabalho mental para que não se entregue os pontos.
Ai, como é difícil lidar com os outros, ou melhor, com as limitações dos outros.
O comportamento de um reflete no outro, somos seres interdependentes, não fazemos nada sozinhos, nada.
Precisamos e necessitamos de ajuda.
Mas o que fazer quando quem mais deveria te ajudar, numa determinada situação, não está com condições para tal feito?
Aprendizado. Só pode ser isso.
Conhecer a si mesmo, para então, saber como lidar com cada 'encosto' que aparece em nossas vidas.
Neste viés, trago o primeiro mantra deste post:

"O outro é você mesmo em um mundo diferente. Olhe-o com apreciação profunda"
(Lama Padma Samten)

Atá, Lama! Não consigo só olhar com apreciação, pois o que tá em jogo e o que tá 'na reta' é o meu e não o do outro....

Catarse feita vou até os reencontros e para aquela sensação de que tínhamos nos visto ontem.
Como é bom sentir isso. A amizade profunda proporciona esse sentimento.

Dentro da temática dos reencontros trago as idas, as despedidas, mais precisamente a morte.
Uma grande amiga foi se embora deste mundo.
Refletindo sobre isso, durante o jantar de sexta à noite, eu e o amor da minha vida, chegamos àquela conclusão óbvia, mas ao mesmo tempo assustadora: a vida só se explica através da morte.
A morte é o grande enigma, podemos chegar lá do outro lado ou onde quer que seja e nos surpreendermos ao perceber que não era nada disso que tínhamos que ter feito, ou não, que era exatamente desta forma que tínhamos que ter agido, que eram justamente essas pessoas que devíamos ter encontrado...
Ou nao é nada disso, nem teremos lembranças da última existência, ela morre junto com o corpo, o que ficam são fagulhas, fagulhas de existência...
mas a vida continua...não é isso que sempre dizem quando somos deparados com a morte?

Só podemos estar aqui para ajudar os outros, para aprendermos com os outros...sim, são os outros (constantemente julgados por nós), com todas as suas limitações que nos proporcionam os maiores aprendizados durante uma existência....

Nesse mesmo papo existencial de sexta entendemos completamente a filosofia budista, que diz que precisamos ter a noção de que o mundo que nos circunda é inseparável de nós mesmos.
Ou seja, se fazemos o bem para os demais seres e para o ambiente, estamos cuidando de nosso próprio bem.
Todos estão ligados uns aos outros, todos dependem uns dos outros.
O conceito de interdependência budista também sustenta que nós – e tudo o que nos circunda – não temos a solidez que julgamos possuir.
Atribuímos identidades e qualidades a tudo e a todos (inclusive a nós mesmos) a partir de uma visão limitada por um padrão binário de gostar e não gostar, querer e não querer.

Termino com o mantra que tá, aqui, do ladinho do computador, para ser lido e lembrado em dias como esses:

"Faça uma coisa de cada vez.
Mantenha sua energia e seu corpo no mesmo e único foco
e todo o universo se tranquilizará"
(Lama Padma Samten)

terça-feira, 1 de junho de 2010

NOITES INSONES


....e no meio das madrugadas de insônia, o silêncio
é tão grande, que chega a falar...
...quase sem parar.