quinta-feira, 30 de abril de 2009

REFLEXIO


Ontem, fui no Santander Cultural ver uma mostra fotográfica muito interessante.

REFLEXIO - Imagem contemporânea na França traz seis artistas franceses. Cada qual com propostas e estilos diferentes, porém com um ponto em comum: trazer alguns recortes da realidade através de diferentes técnicas, questionando os próprios limites da linguagem fotográfica. Todos os artistas se conhecem entre si, mas jamais suas obras haviam sido expostas juntas.

A ideia da mostra é dar um panorama da fotografia contemporânea francesa e compreender o contexto atual da fotografia.
A curadora brasileira da exposição, Ligia Canongia, propõe uma investigação do papel da imagem e discute a inserção da fotografia como uma das mídas mais exploradas na produção contemporânea.

Patrick Tosani e Catherine Rebois discutem a questão do corpo no universo da imagem.
Suzanne Lafont e Eri Rondepierre trazem a possibilidade da fotografia intervir sobre outros meios da cultura, re-propondo suas linguagens originais. Ambos se alimentam do cinema como fonte.
Jean-Luc Moulène e Valérie Jouve (foto acima) investigam a realidade banal da vida cotidiana, seja pela análise da vida nas grandes metrópoles ou pelo comportamento e expressões humanas no dia-a-dia.

"REFLEXIO" é a origem etimológica latina de dois termos: reflexo e reflexão, palavras que exprimem o conceito e a identidade da exposição.

Vale a pena conferir, o Santander Cultural está mais bonito do que já é.
O cafézinho no Café do Cofre deve fazer parte da visita.

terça-feira, 28 de abril de 2009

FUI LOGO ALI....












...e já voltei, desculpe o sumiço...

andava envolvida com acontecimentos bem interessantes, que assim que der e fechar "novos negócios" eu conto.

Aliás, todo o "mise-en-scène" em torno de propostas para vender o meu trabalho de escrita, geralmente, me deixam meio lost. É que eu acho que é um trabalho que não dá pra mensurar assim, exatamente. Depende do tempo que vou levar para escrever, da demanda de pesquisa envolvida, do que o cliente já tem pronto, e etc.. o que a maioria das pessoas não entende é que escrever é muito mais uma questão de transpiração do que de inspiração, pelo menos no meu caso.

Além de possíveis novos jobs andei envolvida com os atuais e com as disciplinas que estou fazendo, neste semestre, no mestrado. Também fui logo ali, no Uruguai, mais precisamente em Cabo Polônio.

Uma praia linda, linda, cheia de casinhas brancas, sem energia elétrica e água corrente.

Há 70 moradores por lá. Durante a temporada de verão aumenta para 3.000. O acesso só se dá através de carros 4x4 (há uma empresa que faz o transporte), pois as dunas de areia são muitas e maravilhosas. Um lugar insólito e inusitado. Tem um farol lindo e muitos lobos marinhos em cima das pedras do costão na praia....além de uns artistas doidos que fazem um trabalho muito legal, como é o caso da última foto que estamos na língua da boca, um restaurante muito tri, todo peculiar, chamado La Gulosa.

O Cabo Polônio é daqueles lugares que dá vontade de voltar. Isso aconteceu conosco, pois exatamente um ano depois voltamos. Só que desta vez não apenas para passar um simples dia e sim para dormir 3 noites.

Tudo regado à muita luz de velas, lareiras, fogueiras, via láctea e vinhos, que adquirimos por módicos preços naquela passadinha básica pelo Chuy. Além de muitas bombeadas para retirar a água do poço e ter um fio de água corrente nas torneiras da casa, o banho foi uma experiência a parte, muito legal se tomado a dois (alias, tem que tomar a dois, do contrário fica muito complicado).

Deixo algumas fotos aí em cima para você ver do que estou falando (na primeira aparece ao fundo a casinha que alugamos, com telhado verde, estávamos indo rumo a praia, para ver o por do sol)
Fico por aqui, pois amanhã cedo tenho uma reunião de bussines!
See you soon!
p.s: legal que tem gente nova lendo o blog e se tornando seguidores.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

KUNDERA


"Há momentos na vida em que é preciso bater em retirada. Em que é preciso abandonar as posições menos importantes para preservar as posições vitais"

"Atravessamos o presente praticamente de olhos vendados, mal podemos pressentir ou adivinhar aquilo que estamos vivendo, mais tarde, quando a venda é retirada, percebemos o que foi vivido"

(Milan Kundera, em Risíveis amores)

MENTIRA


E no último encontro entre amigos, aqui em casa, descobri que a música aquela do Djavan, Flor de Lis, não foi composta da maneira trágica que relatei aqui.

Recebi a informação sobre a música de uma amiga. Ainda não falei com ela sobre o equívoco, mas com certeza ela deve ter ouvido de uma outra pessoa e me repassou a informação, pois me contou com a maior certeza do mundo.

Acontece que é tudo mentira, nada daquilo aconteceu, alguém inventou, colocou na internet e pronto, o boato se espalhou e quase virou realidade.

Doido isso, pois eu nem fui checar a informação (erro primário), achei que tinha tudo a ver (pior que tinha mesmo) e coloquei aqui no blog. Foi mal. Aí, fui no site oficial do Djavan e tinha uma nota explicando que desde 2007 esse boato andava rolando na net e que eles tomaram conhecimento a pouco tempo, bibibibóbóbó....

De qualquer forma, a música continua linda. E sua forma de criação deve ter sido mais interessante e mais feliz do que aquela.

O engraçadinho(a) que inventou a história deve ter dado muita risada.

É engraçado mesmo essa sociedade em rede em que vivemos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

CONEXÕES URBANAS



O Multishow tem trazido temáticas bem legais para a telinha.

O programa Conexões Urbanas estreiou em outubro de 2008 e já está indo para a sua segunda temporada. Sempre às 21he45min das segundas feiras ele entra no ar.

Os criadores do programa são Augusto Casé, Rafael Dragaud e José Júnior, coordenador executivo do Afro Reggae. Aliás, vale a pena assistir o Favela Rising, documentário que narra basicamente duas histórias: uma é a história da favela como espaço de resistência, criatividade, beleza e produção simbólica, muito distante dos estereótipos de carência, crime e miséria; outra é a história de redenção de inúmeros jovens através da arte. Favela Rising conta a luta cotidiana das comunidades populares do Rio de Janeiro e também mostra o empenho de seus personagens para tomar nas mãos o próprio destino ( www.afroreggae.org.br)

Mas voltando ao programa em questão, nas palavras de José Júnior, também apresentador do Conexões Urbanas: “Mais do que um programa de TV, o Conexões Urbanas é o braço televisivo de um movimento sócio-cultural. É o coroamento de uma trajetória que finalmente chega à tela da televisão e através dela já planeja seus próximos passos”.

Dá um look nas vinhetas do programa (que aparece no meio e no final do video abaixo) e nos diferentes assuntos que o programa aborda. Quem sabe um dia ainda não vou aparecer nesse programa ou trabalhar em sua produção. Who knows?

See you soon!!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

RELAÇÕES PARTE II - Sutilezas e Afinidades

Adoro perceber que tenho afinidade com algumas pessoas.

Num sábado desses recebi uma visita, ou melhor duas (é que uma tinha só oito meses de idade, uma fofa) que me fizeram perceber essa questão da afinidade. Minha amiga e agora, também mãe, é daquelas pessoas que eu adoro estar junto pelo simples fato de sentir que, apesar do tempo passar e de tomarmos rumos diferentes na vida, continuaremos a ter afinidade.
Compatibilidade, semelhança, conexão, identidade, ligação, atração e empatia são sinônimos de afinidade e ela pode surgir de uma hora para outra, basta alguém com a mesma freqüência energética que a sua ou com o mesmo santo que o seu cruzar o seu caminho.

É impressionante isso! Não é a toa que os loucos se atraem e que há tantas e diferentes tribos por aí.
Talvez a afinidade seja o mais penetrante dos sentimentos e ao mesmo tempo o mais independente, pois é um sentir com, que significa o contrário de sentir pelo, ou para ou contra...
É tudo muito sutil, há muita sutileza na afinidade.
As coisas não precisam ser ditas, nem pensadas, pois ou tu tens afinidade com uma pessoa ou tu não tens. Meio termo disso existe, só que se carrega em virtude de não podermos ser chatos e antipáticos em só nos relacionarmos com que temos afinidade.
Muitas vezes temos que socializar com alguém que não nos identificamos, mas faz parte, não adianta espernear (se bem que de vez enquando dá uma vontade louca de simplesmente não socializar com quem não nos sentimos em sintonia, but, life is hard...).
A sutileza consiste naquelas pequeeeeeeenas coisas, naqueles míiiiininos detalhes, que fazem toda a diferença.
É tudo uma questão de delicadeza, perspicácia, acuidade, argúcia...é bem de leve, digamos assim, mas é nesse movimento que a sutileza se desenha.
É através dela que se percebe quem tem ou não afinidade.

E numa outra noite dessas, ainda de verão, percebí que algumas pessoas não a tem, mas super tentam tê-la.
Isso é bem perceptível aos olhos de quem está de fora, mas às vezes se torna invisível para quem está dentro da relação.
Mil coisas, mas fico por aqui, pois como é raro ter afinidade vou aproveitá-la com muita sutileza... já que hoje estou de aniversário...comemorando alguns anos ao lado de uma pessoa com a qual tenho uma conexão que ultrapassa essa existência...