quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uruguay, La Pedrera e Hi-FI










Mesmo depois de alguns e-mails trocados e de tentativas frustadas de convencimento para irmos para as praias santas do Estado vizinho, quando percebi já estava dentro del "coche" rumo ao Uruguay!

Confesso aqui e confessei por lá que o destino não poderia ter sido melhor escolhido.

Já no Chuy, local ideal para o abastecimento etílico e câmbios financeiros, não sabíamos ainda exatamente onde ficaríamos. Algumas 'medias lunas calentitas' después passamos batido pelo acesso à Punta del Diablo e ao Cabo Polonio, seguimos para La pedrera, logo ali, do ladinho de La Paloma.

Uma prainha quase parada no tempo, com uma arquitetura antiga e casas aconchegantes com vista para o mar.

Sem muito esforço, após a primeira conversa com a 'Patrícia' loira, conhecemos o Estéfano, nascido e criado em La Pedrera (seria ele um La Pedrensense?), que disse ter um local 'muy bom' para ficarmos. Perguntou se surfávamos (surfean?), no que respondemos em inglês: 'no surfing'. Tava na cara que ele era chegado nas ondas e em seus desdobramentos.

Negócio fechado!
Ficamos instalados numa casa toda lindinha, com lareira, split, sacada e churrasqueira (com vista para a baía de La Pedrera), água caliente em todas as torneiras e várias taças dispostas em local estratégico.

Após a abertura do primeiro vinho e dos brindes 'olho no olho', para não perdermos o costume e não dar sorte ao azar, fomos a La Paloma, a cidade grande da região, para o abastecimento alimentício.
Outra praia cheia de encantos e com muito, muito vento.

Totalmente 'algariados' dentro do supermercado, o destaque das compras foi a Grapamiel, uma espécie de 'licor' Uruguaio, cuja pesquisa de opinião foi feita no próprio local, tendo 66% de aprovação dos entrevistados (pesquisa feita com 3 uruguaios).

A primeira noite já veio com tudo. Vinho e espumante (para não entrarmos na monotonia e mudarmos o paladar), além de pestiscos como queijos, salames, azeitonas pretas....
Eis que um dos componentes da trip dançou muuuito, sozinho....se perdeu na curva, ou melhor, nos goles, quis acompanhar os mais fortes e morreu na praia, quer dizer, no banheiro.
Normalllllll, especialmente quando estamos falando de pessoas com mais de 30 anos...

O day after começou com café da manhã na sacada, daqueles de novela, com direito a um visual lindo, leite e requeijão Conaprole, medias lunas, morangos frescos....
Passamos o dia conhecendo os encantos de La Pedrera. Entre uma caminhada ali, outra acolá, visualizamos o futuro através de construções exóticas, colocamos ao vento e deixamos para o universo mais desejos para serem concretizados...

No entardecer fizemos a famosa parrijada, regada a Paulaner, uma cerveja alemã, que já veio toda charmosa dentro de um barrilzinho de 5 litros. Apelidamos-a, delicadamente, de 'barrigudinha'... fez um sucesso sem igual! Muy boa!

Não podíamos ir até o Uruguay e não passar um dia no Polônio.
Polônio é sempre o Polônio!
Fica lá, parado no tempo, com seus moradores fora do tempo e com seus bares cheios de charme e 'Patrícias'.
Desta vez, o destaque foi a Dunkel, uma versão 'Preta' desta mesma marca,
um verdadeiro deleite...que inclusive na sua temperatura ambiente mantém seu 'blend'.

A viagem de volta foi regada a muitas risadas, daquelas de chorar de rir, de doer a barriga...muito por causa de um acontecimento vivenciado e contado por um dos componentes da trip em que aquele famoso drink, o HI-FI, se fez presente...ou seria RI-FI?

domingo, 12 de setembro de 2010

COMEMORAÇÃO DUPLA E VOLTA!


Domingo nublado. Nove da manhã.

Através de um beijo demorado no pescoço ela foi acordada e também deixada sozinha na cama.
Relembrou outros domingos, especialmente os dos últimos meses, em que sempre acordava com o pensamento no trabalho acadêmico que tanto demorou para terminar.

Sentiu-se aliviada e também vazia, leve e levemente disposta.
Nas últimas semanas, ela viveu momentos intensos.

Desde os mais prazerosos até os mais angustiantes.

Foi um domingo realmente atípico, com bêbe chorando em casa!

Isso não é pra mim! pensou ela, pelo menos ainda não.

Enquanto o bêbe chorava lembrou da festa da última quinta, deu risada sozinha, ainda na cama e logo levantou para passar o café.

O filme da festa de quinta: a famosa 'Comemoração Dupla' continuou a passar pela sua cabeça. Visualizou novamente os rostos de cada pessoa, de cada amigo e sentiu orgulho por ter escolhido pessoas tão lindas para compartilhar um momento tão especial.
No caminho de volta para cama, já com uma xícara de café em punho, roubou de dentro de uma caixa maravilhosa, toda diferenciada, com desenhos abstratos nas cores carbono e prata, um delicioso bombom.

Um dos presentes que ele e ela receberam na noite de comemoração.

Neste exato momento, deu-se conta, mais uma vez, que as conquistas ganham muito mais sentido quando compartilhadas.

Olhou ao redor da cama improvisada na sala e percebeu que cada presente ali exposto eram símbolos de amor.

Com toda a calma do mundo, ao mesmo tempo em que degustava o sabor inigualável do chocolate, ela ligou seu netbook.

Disse pra si mesma que de hoje não poderia passar a atualização de seu blog, que há semanas andava esquecido.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Volto para esse espaço com a sensação de dever cumprido, com a leveza de um amor tranquilo, com gosto de fruta mordida.
Volto com vontades, sonhos e desejos cada vez mais intensos e continuo com o vício de insistir em saudades de coisas, pessoas e acontecimentos que ainda não vivi.
p.s: foto by Beto Rodrigues