segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MEU AMIGO SECRETO


...entre outras características, considero o meu amigo(a) secreto(a) inteligente, porque inteligência, pra mim, não tem a ver com os anos de estudo ou com o grau de instrusão. Inteligência tem a ver com a maneira com que essa pessoa conduz a sua vida de forma que lhe proporcione mais alegrias do que tristezas, mais ganhos do que perdas. É claro que essa pessoa já passou por tristezas e perdas, mas a forma com que o meu amigo(a) secreto(a) administra a sua trajetória lhe traz muito mais prazeres e contentamento do que fracassos ou prejuízos.

Possuo afinidade com essa pessoa. Acho importante enaltecer e perceber isto, já que não são com todas as pessoas que possuimos identificação e compatibilidade.

Acredito que independentemente do elo que hoje nos uni, seremos para sempre amigos.

Gostaria de estar tendo mais contato com o meu amigo(a) secreto(a), vivenciando mais seu cotidiano e descobertas, mas a vida é assim mesmo, algumas idas e vindas. Daqui a pouco ela trata de nos juntar com mais intensidade novamente.

Meu amigo(a) secreto(a) possui uma personalidade muito peculiar. Sua organização é meticulosa e sua tendência ao controle das situações e das pessoas as quais convive e ama é muito forte. Contudo, nos últimos meses, essa pessoa tem percebido que nem tudo está sob seu controle e que o melhor mesmo é deixar estar que tudo se ajeita.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DESTINOS CRUZADOS


A ironia do destino me assusta.

Não que eu acredite cegamente naquela história de que já nascemos com o destino escrito e traçado, mas é que acontecem algumas coisas que só têm explicação através desse pensamento.

Voltas. Voltas. Acabamos quase sempre no mesmo lugar. Bem ali, no princípio de tudo.

Um fato muito inusitado e também preocupante aconteceu e me fez voltar para um passado de 10 anos atrás.
Não convém falar aqui o que é. Só convém falar que os destinos das pessoas não se se cruzam por acaso, eles precisam se cruzar.

Ai entra toda uma cadeia de acontecimentos - a chain of reactions - que traduz bem a questão da condicionalidade. Se eu não tivesse encontrado tal pessoa eu não teria conseguido tal emprego, que não teria me levado para uma viagem no exterior.....e por ai vai....

Se pararmos pra pensar nesses encontros, é bem provável nos darmos conta de que o que vale mesmo são os pequenos acontecimentos, aquela mínina conversa com alguém que te levou a um pensamento e consequentemente a uma ação.

Nessa ironia toda do destino, só me resta entender os motivos pelos quais esse destino 'trabalha'. Será que é naquele conceito de que 'tudo que fizeres para alguém volta, ou se te ajudaram, um dia também vais ter que ajudar'? Acredito que sim, é claro que não necessariamente vem tudo na mesma moeda. Vale aí a percepção de cada um para identificar quando e porque certos destinos e pessoas acabam 'involuntariamente' cruzando a nossa vida.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O VITOR E A PERMISSÃO


Volta e meia o Vitor Ramil me acompanha, não necessarimente ele, obviamente, o que acredito que não seria nada mal, mas suas canções.

É um vai e vem de encontros e desencontros.

Alguns deles são regados com doses de melancolia até mesmo nostálgicos, outros são como pequenas descobertas.

Sempre achei a música Estrela, Estrela uma das mais conhecidas e, talvez por isso, nunca me 'detive' muito nela. Mas de uns dias prá cá, tô achando ela linda de morrer.

Acho que nunca tinha parado pra prestar atenção na letra.

Não há nada melhor do que se permitir (e não se negar, parafraseando um amigo) para que músicas como essas possam realmente soar como poesias musicadas.


Estrela, estrela
Como ser assim?
Tão só, tão só
E nunca sofrer
Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se vê...

No corpo nú
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos
E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer...
É bom saber

Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs

Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui...

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei
Que também me vês
E aqui, aqui
Com essa canção...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PREFIRO AS QUARTAS-FEIRAS

"Que bobagem falar que é nas grandes ocasiões que se conhece os amigos! Nas grandes ocasiões é que não faltam amigos. Principalmente neste Brasil de coração mole e escorrendo. E a compaixão, a piedade, a pena se confundem com amizade. Por isso tenho horror das grandes ocasiões. Prefiro as quartas-feiras." (Mário de Andrade)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A VIDA DOS OUTROS


Tenho percebido com mais clareza como funciona o pensamento dos outros, ou melhor, das pessoas com as quais convivo.
Acredito que isso se dá pelo fato de estar percebendo com mais nitidez o meu próprio funcionamento.
Uma coisa reflete na outra.

É impressionante como somos óbvios.
Tenho sentido isso, essa obviedade de ações, de falas, de comportamentos.

À medida que se conhece uma pessoa e a sí próprio, perceber o funcionamento do outro fica fácil.
É quase como uma prática diária, pois como é inerente ao ser humano se relacionar - e na maioria das vezes se tenta fazer isso de uma forma saudável -, o que acaba acontecendo é que ao distinguirmos o funcionamento do pensamento do outro, criamos certos desvios ou caminhos, fazendo com que a relação fique mais fluída e menos truncada.

Relações humanas, sempre pauta por aqui, mas ninguém quer morrer na praia sozinho, honey, nem mesmo aquele que tem a auto estima lá no ALTO.
Não estou somente no mérito das relações amorosas, estou falando das relações de amizades, de trabalho, familiares e por aí vai.

Nesta semana aconteceu um fato desses no trabalho. Depois de um longo discurso, quase eloquente do 'outro'. Eu, em apenas uma frase, matei a charada do inconsciente do 'colega'.

É, realmente a 'vida dos outros', por vezes, é bem mais fácil de ser decifrada do que a nossa própria. Minha frase foi bombástica. Tanto que antes mesmo de falar eu disse que me retiraria da sala logo após pronunciá-la. E foi exatamente o que aconteceu. Falei e Zarpei!
E pensando sobre isso, aqui, sozinha, tomando uma taça de vinho, percebo o quanto sou previsível e que o velho freud tinha toda razão quando dizia que nada é por acaso, que nossos processos mentais não são meros eventos e que se os comportamentos e as ações não estão no consciente elas derivam das conexões do inconsciente.

Matar a charada do insconsciente dos outros é bem mais fácil do que matar a nossa!
O importante mesmo é continuar tentando, pois o repertório tende a se repetir over and over again!
Fui!
Bom finde!
p.s: o filme ' A vida dos outros' é imperdível!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MARCELA REICHELT EM CARTAZ


Para quem vai ou está em Floripa é uma boa pedida!
O espetáculo é gratuito e para um público pequeno.
Data: Sexta e sábado, dias 30 e 31 de outubro de 2009
Hora: 21h
Local: Sesc Prainha- Travessa Siryaco Atherino, 100
Centro. Florianópolis

OCCO
Olhar para o corpo no tempo e conjugar os pensamentos coletivos inerentes à ele. Lentidão como escolha. O peso da leveza. Sutilezas e miséria. Posse e possibilidade.

Occo retrata a imagem social do corpo. Marcas adquiridas com o tempo e propostas pela cultura que alimentam esse corpo. O corpo é a principal marca identitária.

Escolhas implícitas de um cultivo cultural. Escuta automática e com ruídos. Aceitação condicionada aos padrões de imagem estabelecidos na sociedade.

Vontade de pensar no tempo para aceitar os resquícios adquiridos com o passar do tempo no corpo. O tempo condiciona a opinião do olhar e reflete através da escrita corporal. Escuta interna e visão do externo.

Corpo ferramenta para explorar dança, movimento, e pensamento. Eu utilizo o meu, com as minhas marcas e digitais.

Em homenagem à bailarina Gica Alioto.
Duração aproximada: 45 min

Ficha Técnica
Criador- Intérprete e Direção: Marcela Reichelt
Assistente de direção: Tiago Romagnani
Pesquisa de imagem : Anderson João Gonçalves e Marcela Reichelt
Fotografias: Maurício Giraldi
Criação vídeo: Anderson João Gonçalves e Tiago Romagnani
Trilha sonora: colaboração de Diego de los Campos
Figurino: Marcela ReicheltI
luminação: Marcos Klann
Fotos divulgação: Cristiano Prim e Tiago Romgnani

Esse trabalho foi inspirado nos ensaios sobre a subjetividade contemporânea de Denise Bernuzzi de Sant'Anna e desenvolvido no Projeto Mergulho no Palco, com bolsa para criador intérprete na cidade de Florianópolis (Julho 2007).
O espetáculo já participou do Conexão Sul em Curitiba (2007) e na III Mostra de Dança Contemporânea de Unipar, na cidade de Umuarama (Maio2008), além de já ter sido apresentado no SESC Prainha Florianópolis no Projeto Palco Giratório ( Set. 2008).

O espetáculo OCCO será apresentado dia 07 de novembro na Bienal Sesc de Dança de Santos (SP)
Occo foi selecionado pelo edital Elisabete Anderle do Estado de Santa Catarina para circulação em 2010.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ESPERANZA SPALDING


Ela tem só 24 aninhos e manda muito bem.
Talento não tem nada a ver com idade.
É de se apaixonar a primeira vista ou na primeira nota.

Essa versão da música do Steve Wonder ficou linda de morrer!!

Enjoy it!

O site também é digno de uma visita: http://www.esperanzaspalding.com/
p.s: indicação de Isabelita Perón.




Over time
I've been building my castle of love
Just for two
Though you never knew you were my reason
I''ve gone much too far
For you now to say
That I've got to throw
My castle away
Over dreams
I have picked out a perfect come true
Though you never knew it was of you I've been dreaming
The sand man has come
From too far away
For you to say come
Back some other day
And though you don't believe that they do
They do come true
For did my dreams
Come true when I looked at you
And maybe too if you would believe
You too might be
Overjoyed
Over love
Over me
Over hearts
I have painfully turned every stone
Just to find
I have found what
I've searched to discover
I come much too far
For me now to find
The love that I sought
Can never be mine
And though you don't believe that they do
They do come true
For did my dreams
Come true when I looked at you
And may be too if you would believe
You too might be
Overjoyed Over love
Over me
And though the odds say improbable
What do they know
For in romance
All true love needs is a chance
And maybe with a chance you will find
You too like
IOverjoyed
Over love
Over you
Over you

terça-feira, 13 de outubro de 2009

50 +


Desde março participo da Rede Social de atendimento a criança e ao adolescente da Lomba do Pinheiro, uma região com alto índice de violência, drogadição, vulnerabilidade social...etc...etc... aqui de Poa. Cheguei lá em função do mestrado, mas cada vez mais percebo que não foi só por isso.

Hoje, a reunião foi totalmente atípica. A pedido da convidada e palestrante do dia, não começamos nos apresentando rapidamente, como sempre fazemos: nome e entidade ou órgão governalmental que se representa ou trabalha. Cada um de nós (uns 30) fizemos uma introdução mais detalhada, explicando o que nos trouxe até ali, quais eram as nossas ideias em relação ao trabalho que desenvolvemos fora dali e de que forma ele se articula com a Rede.

Na minha vez, tentei explicar o quê a comunicação pode vir a trazer para a Rede Social em questão, algumas de suas implicações e porque a imprensa pauta (ou não) a temática das Redes Sociais. Enfim, uma pouco das questões norteadoras do projeto de qualificação do mestrado (que já está atrasado e difícil de sair....)

Well, mas a questão que me trouxe aqui era a pauta da reunião de hoje: uma professora que iria falar sobre educação. Para minha surpresa, quando cheguei no Conselho Tutelar da Lomba do Pinheiro (local em que ocorrem as reuniões mensais) me deparei com uma senhora, de cabelos brancos e corpo forte, de 81 anos, que nos colocou frente a frente com questões das quais nunca havíamos pensado antes, ali, nos encontros da rede.

E no meio de seu discurso, de suas magníficas associações e de seu poder de enxergar a totalidade das situações, me questionei: será que daqui a 50 anos eu teria a ousadia de estar ali? Falando para psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, professores, dirigentes de ongs, representantes governamentais, jornalistas que aquilo que estávamos fazendo era importante?

Será que aos 81 anos de idade terei o semblante e a coragem desta mulher? Que continua a lecionar e tem uma fome de aprender sem tamanho (tanto que ela pediu que nossas apresentações fossem mais detalhadas, pois anotava tudo o que cada um dizia num caderno)

81 anos... e cheia de vontade de saber mais. Questionou, articulou e fomentou o debate como somente os bons professores sabem fazer...

Ela contou sua história de vida e ao mesmo tempo nos deu uma verdadeira lição de vida.

Nem cabe aqui eu descrever o currículo dessa senhora (que inclui formação em piano clássico, Phd e residência no exterior, algumas faculdades, professora do ministério público...), que só o fez porque pediram, vale sim ressaltar as suas últimas palavras: não desistam, fiquem juntos!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

HUMAN RELATIONSHIPS


Transcrição de uma das muitas conversas/entrevistas que gravei para escrever o primeiro livro como Ghost....
Terapia de ‘joelhaço’, como diria uma amiga psiquiatra.



Interlocutor 1: Sucesso e realização pessoal são coisas diferentes, hoje ter sucesso é ser bem resolvido financeiramente, ter estabilidade, poder adquirir coisas materiais... a realização pessoal nem sempre está ligada à isso....realização pessoal está ligado ao que vem do interior e não do exterior...
Eu acho que muitas vezes colocamos todas as soluções dos problemas em algo exterior, fora de nós, quando que a solução está justamente no oposto disto... ou tu achas que, por exemplo, mesmo tendo passado num concurso público, estar ganhando bem e tal, tu não vais continuar com os mesmos questionamentos em relação a ti mesmo e aos outros?

Interlocutor 2: Bom, ai entra a idéia das hipóteses, uma delas poderia ser que mesmo tendo se esforçado e passado num concurso publico, sempre entram outras questões e desejos, especialmente aqueles que não escolhemos, como por exemplo, porque não me esforcei mais e não fiz medicina?

Interlocutor 1: é, assim como ouvimos ontem na palestra, podemos tudo o que quisermos, não temos limitações, somos capazes de qualquer coisa, inclusive de coisas horríveis....mas fora desse conceito de limitações, existe outra coisa que é o nosso emocional, as nossas limitações emocionais, e nisso incluem-se várias coisas, as briga com os familiares, as cobranças, o peso que colocamos nas coisas, o rancor, a mágoa que certas situações ocasionam...

Interlocutor 2: Se não estivermos preparados emocionalmente para agirmos de certa maneira, nunca vai dar certo, por mais que eu esteja me propondo e querendo, pois o que entra em jogo ai é o emocional, em saber lidar com as adversidades e com as pessoas que pensam diferente de ti, mas que te complementam de certa forma...

Interlocutor 1: Lembrei da entrevista com o praticante do zen budismo que disse uma frase que adorei: “Quando você discorda de mim eu não te considero meu inimigo, mas meu complemento”....

Interlocutor 2: O que significa que por mais que a gente ache que os outros agiram errado em certas situações, isso tem que ser levado como teu complemento, não como algo que te enfraquece, por que te deixa com raiva, com desilusão.... interessante seria pensar que eles também sofreram “imputs” de várias lados e de várias pessoas para serem quem são e terem a personalidade que tem.....assim como nós....que somos assim pelo que já passamos, pelo o que vivemos na infância, na adolescência e por ai vai....

Interlocutor 1: Mas saindo da generalidade e indo para o pessoal, o que percebi nas palavras que foram ditas ontem de noite, aqui em casa, foi muita mágoa e por mais que seja duro acreditar nisso, agora, o que pode fazer com fiques melhor em relação à isso é aceitar as pessoas como elas são, não querer mudá-las, isso é aceitação, é perdão, humildade....
Vai lá, fala com eles, mas tens que ir de peito aberto, sem pedras na mão, só com amor....é só ele que pode te deixar melhor nesse momento que tu tá passando....

Interlocutor 2: Talvez seja por isso que eu me distancio das pessoas que gostam de mim, não deixo que elas se aproximarem muito porque acho que não vou conseguir corresponder a altura, ai acabo me fechando.

Interlocutor 1: é, partindo do princípio de que tudo depende da gente e de que as mudanças só saem dos planos das idéias com ações, eu acho que isso seria uma ação mais do que honrosa da tua parte....ir lá.....tu já mandou flores, o que foi uma declaração de amor silenciosa, só falta olhar no olho, abraçar, ser amada...deixar que os outros te amem....
Sinto que o que tu mais quer é afeto, mas tu cobra por ele, justamente das pessoas que tu mesmo parece querer te livrar, o que na verdade é o oposto, o que tu mais quer é o afeto deles, para isso tu tem que fazer a tua parte...

Interlocutor 2: Difícil tudo isso, sem dúvida, todo mundo errou nessa briga, já falamos sobre isso, também fui infantil.

Interlocutor 1: acho que se tu te abrir quanto a isso vai ser melhor, tu vais tirar um peso de ti, pois a percepção que tenho é que carregas um fardo, mas que fique bem claro, que esse fardo tu carregas por que tu queres, pois a situação pode ser mudada, a qualquer hora, só depende de ti.

BRINCADEIRA DE CRIANÇA





Nada mal essas casas de árvores.
O inventor é um arquiteto alemão, Andreas Wenning, que justifica sua criatividade através do que não teve "Nunca tive uma casa na árvore quando criança, mas sempre gostei de espaços pequenos. Curto a simbiose entre arquitetura experimental e natureza”, afirma. (revista Trip, set. 2009)

Se todas as nossas faltas refletissem 'construtivamente' assim....

Well, ele iniciou a desenvolver esse tipo de construção em 2003 e hoje é considerado um dos maiores especialistas do mundo em treehouses. Já ergueu casas assim nos EUA, Europa e também no Brasil, em Curitiba. Recentemente lançou um livro apresentando 35 projetos.

Aposto que não são só crianças que brincam nesses aposentos...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PATRÍCIA VILELA EM CARTAZ




Estreiou no dia 17 de setembro, o espetáculo "Safo", de Ivam Cabral, livremente inspirado no poema "Safo ou o Suicídio", de Marguerite Yourcenar e em Virginia Woolf.

A peça, interpretada por Patrícia Vilela e dirigida por Silvanah Santos estará em cena no Espaço dos Satyros Um (SP), às quintas-feiras, sempre às 21h30.

"Safo" é uma das dez peças indicadas pela revista Bravo deste mês.

"A peça mistura elementos contemporâneos e de época com recursos sonoros e visuais, resultando num híbrido de linguagens. Esse híbrido se justifica na medida em que Safo era, para o seu tempo, uma artista-pedagoga de múltiplas linguagens. Em sua escola, as jovens aprendiam dança, poesia, música, etc. A trilha sonora é trabalhada com elementos do pop, de Nico à Amália Rodrigues, em um desfile de vozes e expressões femininas." (retirado do release do espetáculo).

Desde que recebi o material de divulgação, que achei lindo por sinal, fiquei doida pra postar e mais doida ainda para ir ver ao vivo e a cores, essa prima querida, que muito me encanta com seu jeito louco e teatral de ser.

Em breve estarei por Sampa para prestigiá-la. Me aguarde!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SABER AMAR....

...é deixar alguém de amar....

Definitivamente. Gosto de quem gosta de mim.
Inevitavelmente. Me apego à essas pessoas.

...todas as formas de se controlar alguém só trazem um amor vazio...
...saber amar...é saber deixar alguém te amar...


terça-feira, 1 de setembro de 2009

"E existe a trajetória...em matéria de viver nunca se pode chegar"


A frase da Clarisse Lispector no título resume bem a pauta de hoje.

A travessia da felicidade.

Tema mais do que polêmico. Mas tenho cá pra mim que a felicidade está muito mais intimamente ligada ao fazer do que ao ter. Até mesmo porque para ter é preciso fazer.

Parece óbvio.
Acontece que na prática e nas conversas cotidianas que ouço por ai, revela-se o contrário: "quando eu conseguir comprar aquilo ou quando eu tiver terminado aquilo outro ou quando eu emagrecer sei lá quanto ou quando eu conseguir passar num concurso público, ai sim, terei conquistado a felicidade"

Marisa Elzirik, psicolóloga, doutora em Educação e coordenadora do Comitê de Pesquisa e Sociedade de Psicologia da UFRGS diz que "...a felicidade não é um humor ou um estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem nosso percurso. Jamais será um estado final, que se possa adquirir e tomar posse de uma vez por todas"

Simples e direto assim, o que ela quis dizer é que não adianta a gente ficar colocando tudo lá pra frente, porque o que tá pegando agora, vai continuar pegando lá na frente se não percebermos que nossa conduta atual está nos prejudicando ou que temos que AGIR ao invés de ficar somente no plano das ideias....

Ainda no mesmo artigo ela fala que a felicidade é uma atividade como qualquer outra, que se cultiva e que se constrói e que, por alguns momentos, se conquista e se desfruta. A felicidade é sempre fonte de alegria, mas está sempre a exigir de nós empenho, amor e contínuo recomeço...

ah os recomeços!!! Eu volta e meia falo deles e acho que é fundamental nos darmos conta das inúmeras vezes que recomeçamos na vida. Não é à toa que todos os recomeços pressupõem términos ou no mínimo uma mudança na forma com que encaramos cercas situações no nosso dia-a-dia. Há vários níveis de recomeços e de términos.

Mas ainda na pauta da felicidade "... escolher a si mesmo, em termos de uma ética e de uma estética de si, significa que não se escolhe apenas seu amado, mas toma-se a si mesmo como amante".

O mais legal nesse texto é que ela vai conduzindo a questão para o lado bem íntimo e pessoal mesmo, aquela história de que o que é a travessia da felicidade para mim pode não ser para você. Nessa parte ela fala sobre a consciência das escolha que fazemos, que ela sempre está presente ao se fazer a opção, mas que é a continuidade da vida, ou seja - a seqüência dos compromissos assumidos - que qualificará a escolha como decisão.

No final ela utiliza a metáfora da viagem e cita Nietzsche, dizendo que ele aconselhava conceber o pensamento sob o signo da viagem e não sob o signo da parada, que seria uma das maneiras de fugir do imobilismo. É como trocar de pele ou olhar diferentemente para o que se conhece. Exercitar um olhar viajante, um olhar estrangeiro.

E continuando na metáfora das viagens ela termina: "Viagens supõe distância, proximidade, tempo, espaço, inclusões e exclusões, extensões - potência de estar em algum lugar - um entre/passagem. Supõe também saltos e rupturas, supõe riscos, desassossego, vertigem. Viagens assim têm um preço, que é a nossa própria transformação"

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MELHOR VÍDEO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO









O documentário BASE, de direção de Beto Rodrigues ganhou o Galgo de Ouro de Melhor Vídeo Universitário Brasileiro, através do voto popular, no 17º Gramado Cine Vídeo. A premiação ocorreu na última sexta-feira, dia 14.

O documentário foi produzido pelos alunos da disciplina de Documentário do 5º semestre do Curso de Jornalismo do IPA, de Porto Alegre.

Além de retratar as nuances que caracterizam as categorias inicias/base no futebol, “o vídeo mostra o sonho de ser jogador de futebol como uma das possibilidades mais concretas de resgate da cidadania para as famílias e jovens jogadores que desejam oportunidades de crescimento social. O trabalho retrata o desejo dos jovens em obter sucesso através desse esporte, a preparação e a inserção na sociedade”. (
http://www.gramadocinevideo.com.br/).

Na edição deste ano, o Festival teve mais de 1100 trabalhos inscritos, produzidos por realizadores de todo Brasil. O Galgo de Ouro foi entregue para as categorias Vídeo Universitário Brasileiro, TVs Universitárias Brasileiras, Vídeo Independente Brasileiro e Vídeo Universitário Gaúcho.

As imagens da premiação estão ai em cima e um pouquinho do vídeo ai embaixo.
Só para dar água na boca!
A trilha sonora foi composta especialmente para o documentário. Tá mais do que especial a levada!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DESPEDIDAS E ESTAÇÕES


Despedidas em geral mexem comigo.

Desde que fiz a primeira é até agora única viagem em que fiquei quase um ano fora do país, as despedidas passaram a ter outro significado.

Chorei quando me despedí dos amigos que fiz e conviví na Nova Zelândia.

Hoje, chorei esse mesmo "tipo" de choro, quando me despedí da querida Suzy, que após um ano de convivência deixou no ar aquela sensação de adeus.

Mesmo sabendo que é bem possivel nos reencontrarmos e que o mundo não vai acabar amanhã, quando nos despedimos de alguém que não mora no mesmo país que o nosso, sempre rola aquela sensação maior de desvínculo.

Não há previsão de quando voltaremos a rever essa pessoa. Algumas é bem provável que nunca mais veremos.

É na despedida, naqueles momentos finais em que a pessoa está quase indo e logo desaparece da vista que a dúvida vem à tona: quando será que voltaremos a nos ver?

Despedidas. Recomeços. Reencontros. Sim. Tudo interligado. Se retroalimentam.
Mas vamos combinar que não ouvir mais o celular tocar e não ver mais o nome da Suzy chamando para um ceva na Cidade Baixa é muito triste....hahaha

A Suzy é daquelas pessoas que deixam saudades, seja por seu sotaque francês, pelo seu jeito ímpar de dançar ou por se permitir ser quem ela é.

Se é realmente verdade que existem algumas pessoas que passam na nossa vida por uma estação, então, a Suzy foi uma das estações mais agradáveis que já ví passar.

Espero reencontrá-la em algum café de Bruxelas ou da Bretanha.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

E JULHO PASSOU....

Um mês intenso, de sentimentos a flor da pele.

Projeto Rondon.
Convivência. Paciência. Diferenças. Amizade. Parceria. Amor. Complacência.
Bem comum. Conversas. Lareira. Jogos. Dinâmicas. Choro. Escuta. Retórica. Bom senso. Intimidades reveladas. Afinidades estabelecidas.
Partilha. Coletividade. Reflexões. Observação. Personalidades. Discernimento.
Os outros como espelho. 17 espelhos.

Aniversário de 30.
Festa. Espumante. Amigos antigos. Amigos novos. Amigos que voltam. Família. Reencontros. Emoção. Felicidade estampada na cara. Foto simbólica com Pai e Mãe. Surpresas. Amor pairando no ar. Abraços coletivos. Espumante. Ressaca. Balzaca.

Deixo o Lenine e sua Paciência. Um dos grandes aprendizados que o Rondon me proporcionou.

p.s: fico feliz com os novos seguidores do blog.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

TEM GENTE NOVA AQUI EM CASA


BURRICE EMOCIONAL & LEGO



Lendo a coluna do jornalista e coordenador do programa de pós-graduação em que estudo, me deparo com o termo 'Burrice Emocional'. No final do texto, lá estava a conceituação:
Burro Emocional é aquele que é cego para as oportunidades.

Eis que nas minhas observações cotidianas e neste momento turbulento de afazeres acadêmicos e profissionais, percebo que a minha fase de 'burra emocional' passou, ou pelo menos, não estou nela.

O tal do inferno astral não me abateu, pelo contrário, aconteceram coisas bem legais. No desenrolar desses acontecimentos tive que tomar algumas decisões, me posicionar, dizer a que vim e quais eram os meus objetivos. Deu certo.
Minha oratória anda muito melhor do que antes. A percepção sobre mim mesma anda aguçada.
Isso faz
toda a diferença. Atrai. Cataliza.

Acho que o Retorno de Saturno, esse sim, veio.
... coisas se encaixando, fazendo sentindo, fechando e/ou abrindo ciclos...

Dá até para utilizar a metáfora do Lego e dizer que quando realmente começamos a ter e perceber as rédeas das nossas vidas nas mãos, há quase que uma estruturação em forma de Lego, onde as pecinhas vão se juntando e formando o que havíamos visualizado.
O curioso é que isso pode acontecer aos 20, aos 23, aos 30, aos 42....e se repetir, em áreas e em momentos diferentes da vida da gente.

Estava com saudades de vir aqui!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CONVÉM CONTAR?



A semana foi um tanto quanto tumultuada.
Alguns acontecimentos fizeram com que ela se tornasse muito peculiar.
Entre encontros e desencontros um pensamento, ou melhor, um questionamento, não saiu de minha cabeça: o que convém contar?
Numa das sessões de terapia, papo vai papo vem, me deparo com essa pergunta, o que realmente vale a pena estar sendo colocado em palavras?
Óbvio que essa questão surgiu a partir de um acontecimento que mexeu comigo sobremaneira. Tanto que continuo a trazer a tal da pauta sempre que encontro alguém que possuo afinidade e que me sinta confortável em estar conversando.
Sim e com isso a energia da pessoa se esvai.
E cada vez mais me dou conta que me deixo influenciar demais pelos problemas dos outros e acabo por colocar os meus num segundo plano.
Acabo canalizando as forças para a direção errada.
Mas voltando a questão. Por que será que acabamos contando certas coisas para as pessoas, as quais não precisavam ser ditas, pelo menos não em tantos detalhes?
Acredito que há uma tendência nos seres humanos em falar mais do que ouvir.
Sempre fui mais “ouvinte” do que “falante”, tenho no meu eneagrama a característica de confidente, me procuram muito para pedir conselhos e contar segredos, mas nós últimos anos, como devem estar percebendo meus amigos mais íntimos, ando falando mais do que devo e metendo a colher em questões que não me dizem respeito.
Aí quem acaba pagando o pato sou eu.
Um saco tudo isso, uma grande bobagem, que acabou se transformando numa situação muito constrangedora.
Me meti ou fui metida nela, depende do ponto de vista ou da vista do ponto.
O lance é que estou aqui, assimilando o que me foi dito e pensando cá com meus botões que raios tenho eu haver com toda essa situação que se criou...
A frase do Sartre caiu como uma luva
“O inferno são os outros”.
O pior é saber que não fui eu que me coloquei nessa condição, fui colocada por terceiros, me chamaram para uma relação que nem mesmo sabia que eu era tão importante.
Claro que o meu ego de leão e a minha soberba, por vezes, prevalecem, mas não posso me sentir culpada por acontecimentos dos quais não tenho controle, não tenho alcance para estar mudando, não tenho como tocar, muito menos me explicar. By the way, me explicar do quê? Seria como tentar elucidar o que eu não fiz.

Todo esse papo pode estar parecendo meio desconexo, mas me faz bem falar aqui no blog, assim convém, desta forma e neste espaço.

E não só porque hoje é Dia dos Namorados, mas principalmente porque tenho um que me faz tão bem que convém, sim, falar o quanto é bom estar ao lado de uma pessoa que acredita que os meus desejos são importantes, que são eles que me fazem sentir viva, que me movem.

É maravilhoso saber que estou com alguém que não me imobiliza, que não me limita, pelo contrário, faz com que eu seja cada vez mais eu, com meus amigos doidos, minhas crenças malucas e tudo mais que cabe em mim....


Para teminar, deixo uma mensagem, pode parecer meio piégas, mas fez todo o sentido quando me falaram.


Sócrates, ao ser abordado por um rapaz que diz que precisa lhe contar alguma coisa, pergunta:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - questiona o rapaz.

- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE.
O que você quer me contar dos outros é um fato ?
Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo.
Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira a BONDADE.
O que você vai contar é uma coisa boa?
Ajuda a construir ou destruir o caminho do próximo?
Se o que você quer contar é VERDADE e for BONDADE, passe para a terceira peneira: a NECESSIDADE.
Convém contar? Resolve alguma coisa?

E assim o rapaz calou-se, retirou-se e seguiu seu caminho.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

BARES, NOITE E AFETO


E numa noite dessas, ainda de outono, com cara de inverno, tive a oportunidade de ir a dois tipos de bares: um com afeto e outro sem afeto.

Explico. Esse conceito surgiu durante o segundo copo de chope que tomamos no primeiro bar, o qual não tinha afeto.
Foi essa a palavra que melhor exprimiu o que estávamos sentindo. Após algumas observações e acontecimentos, como não nos deixarem sentar em uma outra mesa, porque não podiam separá-las ou nao nos atenderem com a devida atenção, chegamos a conclusão que aquele bar não tinha afeto.

Ele era uma gracinha, por sinal, tinha tudo para ter afeto, mas não tinha. Decoração bonita, pé direito alto, luminotécnica do ambiente foi pensada... O próprio conceito do bar, que agora anda na moda por Porto Alegre, Boteco Carioca, era interessante, só que não tinha chope escuro (uma tradição nos reais bares cariocas). Além disso, tudo era bem mais caro do que o normal, na verdade eles super tentaram transportar o Rio de Janeiro para Porto Alegre, mas não vingou, ficou fake, palavra essa que também caracterizou algumas pessoas que lá estavam.

Os músicos (não só porque eram nossos amigos) estavam ótimos, repertório excelente, só que ninguém além de nós estava prestando atenção na música deles. Um som ambiente, mecânico, ou um pianista e um guitarrista, ao vivo, deram no mesmo. Quase configurando um autismo coletivo.

... em resumo, um bar "híbrido" e consequentemente sem afeto.

Ok, entendemos alguns argumentos de que o bar é novo, que as pessoas o estão conhecendo, se ambientando e tatátá...só que assim ó, esse bar never, ever vai ter o afeto, o acolhimento, e a sensação de pertencimento que o seguinte bar daquela noite nos proporcionou.

Assim que chegamos no bar com afeto fomos recebidos por conhecidos, o que já configurou uma sensação de identidade. Conseguimos uma mesa que contemplou fumantes e não fumantes, além de estarmos bem pertinho dos músicos, que não tinham a mesma qualidade técnica dos primeiros, lá do bar sem afeto, mas que tentaram e conseguiram fazer com que todos ali se sentissem em casa.

.... em resumo, um bar "com alma" e consequentemente com afeto.

Não preciso dizer que ficamos por lá até o assunto acabar.

Depois falo das Ilusões Polianas, outra pauta daquela noite.

Contribuiu para a criação do conceito a Isabelita Perón.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

COMO RISCO EM PAPEL




Nos dias 22, 23 e 24 de maio o espetáculo solo de dança contemporênea COMO RISCO EM PAPEL esteve em cartaz, em São Paulo, no teatro da Cultura Inglesa.
Marcela Reichelt, como já falei por aqui, concebeu e interpretou o espetáculo que teve como inspiração o filme O livro de Cabeceira (1996) do Cineasta Gales Peter Greenaway.
COMO RISCO EM PAPEL opta por trabalhar com a capacidade de produzir informações que se alimentem e modifiquem durante a execução da coreografia, desta forma ela transita num campo de possibilidades que condiciona a linha de movimento. Marcela mergulha nesse campo de movimentos instaurando maneiras de escrever através de ações corporais, utilizando de princípios de organização natural do próprio corpo (informações retiradas do release do espetáculo).

Agora, é esperar para ver se Porto Alegre será contemplada com o evento. Será que há essa possibilidade, Marcela??

segunda-feira, 25 de maio de 2009

ESTÔMAGO

...e tem que ter muito "estômago" para seguir com as demandas e submissões que a vida acadêmica ocasiona.... o bom é saber que mesmo no meio de todo o caos, as coisas boas da vida continuam a se fazer presente...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

POSTURA


Mudanças de postura, no sentido de conduta de atitudes, me ocorreram, agora, como uma das possíveis explicações para que amizades, que por um determinado espaço de tempo foram muito próximas e íntimas, o deixem de ser.
Mudança de cidade pode fazer isso com as amizades? Pode, mas a troca de cidade necessariamente não muda a postura de uma pessoa.
Será que às vezes é necessário bater em retirada e mudar de postura com alguns amigos?
Se a amizade está fazendo mal para a vida do indivíduo acho que é válido sair de cena e mudar de postura, mas tenho cá pra mim que as atitudes que promovem e cultivam uma amizade é justamente a não mudança de postura, aquela coisa de saber que does't matter what aquela pessoa vai estar ali, a tua espera, toda ouvidos.
Que fique claro que a não mudança de postura a que me refiro não significa a não mudança ou a não "evolução" do indivíduo, não é disso que estou falando.
Eu não tenho a intenção e nem mesmo a necessidade de mudar de postura com os meus amigos.
Já me bastam algumas dores nas costas e outras no coração por alguns que já não tenho mais.
Fico aqui, reta, parada, quase que meditando, esperando que os amigos venham ver que a minha postura continua a mesma. Talvez eu precise de um pouco de RPG - reeducação postural global.
Fui!

PROJETO RONDON



Estou participando do Projeto Rondon. Na coordenação da chamada operação Nordeste-Sul, juntamente com uma professora da PUCRS e mais dois outros docentes da UnB.
Aquelas coisas que acontecem na vida da gente quase sem querer.

Através de uma falha no sistema me acharam. Salve o bug!

Analisando mais de perto, acredito que com bug ou sem bug eu estaria nessa.

O Projeto Rondon foi muito difundido nos anos 70 e 80. Ouvi falar de histórias de pessoas que foram para comunidades indígenas, na Amazônia, Tocantins, Roraima...quase que um mito, aquele avião da FAB levando os estudantes para os lugares mais distantes deste Brasil.

Ele foi extinto em 1989 e somente em 2005 retomou as atividades.

Hoje, o Projeto Rondon é uma ação do Governo Federal, coordenado pelo Ministério da Defesa que tem como um dos objetivos viabilizar a participação do estudante universitário nos processos de desenvolvimento local e de fortalecimento da cidadania, em diferentes municípios brasileiros.

20 municípios em torno da cidade de Santa Maria foram escolhidos pelo ministério da Defesa, através do IDH, para receber o projeto.

Minha cidade é Tupanciretã!!!!

Que na língua indígena quer dizer Tupan=Deus, Cy=mãe e Retan=terra, ou seja "Terra da mãe de Deus"...socuero!!

Mas resumindo a ópera, eu e a professora Andréia da UnB estivemos por lá, na semana passada, para fazer uma viagem denominada de precursora, uma visita de reconhecimento do município, uma espécie de diagnóstico para verificar se os projetos de oficinas que foram descritos no papel condizem com a realidade do local.

O próximo passo é formar as equipes que terão estudantes de vários cursos devido às temáticas e demandas variadas que surgiram no municipio, como por exemplo, a questão do empreendendorismo rural, já que Tupanciretã possui muitos agricultores e famílias assentadas.

A operação irá ocorrer dos dias 10 à 26 de julho. Durante quinze dias, duas equipes, uma da PUCRS e outra da Unb, com seis estudantes e dois professores coordenadores cada, estarão neste munícipio trabalhando de maneira concomitante e complementar.

Para fins acadêmicos e também pela indicação de uma querida amiga vou fazer uma espécie de diário de viagem, com informações que poderão ser úteis nos próximos anos.

O que rolar de mais interessante eu conto por aqui!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

ALL WE NEED IS LOVE...


Mexendo no material da Especialização encontrei algumas páginas xerocadas do livro LOVEMARKS que a prof. de publicidade nos deu como referência. O livro fala sobre marcas, mais precisamente em como atrelar emoção e sentimento a um produto. Ele é bem diferente, colorido, com fotos, fontes diferentes e etc. e tal. O título da pág. 52 é:

SEIS VERDADES SOBRE O AMOR

A primeira é um alerta. Os seres humanos precisam de amor. Sem ele morrem.

Na segunda, o autor propõe uma definição: Amar significa mais que gostar muito, explicando que não se trata de uma afeição aprimorada e sim, de um sentimento profundo de vínculo.

Na terceira ele traz que Amor diz respeito a corresponder, aplica-se a um sentir intuitivo, delicado. Seus argumentos giram em torno do amor ser sempre bidirecional e que quando não o é, não faz jus à palavra. Ele ainda ressalta que algumas pessoas sempre serão melhores do que outras nessa arte, mas que independentemente disto todos têm a capacidade e a necessidade de amar.

Na quarta verdade o autor refere-se a quem e o que amamos, dando como exemplo a importância não somente do amor romântico entre duas pessoas, mas também do amor entre os casais que estão juntos há muitos anos, do amor na família, do amor de amigos íntimos e das várias experiências que suscitam o sentimento do amor. Para ele são os concertos de Bruce Springsteen, as noites de sábado e uma cerveja gelada. Qualquer coisa que excite.

Na quinta, ele diz: O amor leva tempo. Responder à cadência emocional do amor requer um investimento de anos. O amor tem uma história. O amor nos dá direção e faz de nós o que somos.

Na sexta e última verdade: O amor não pode ser comandado ou exigido. Só pode ser doado. Assim como o poder, você só consegue amor se o transmite.

Ontem, logo alí, no Tempero Rosa, um dos meus points preferidos do momento, conversávamos sobre ser solteira, casada, filhos e outras cositas mais. Claro que não chegamos a um denominador comum em nenhuma das pautas da noite, mas ficou claro que sim, precisamos de amor, de nos sentirmos amados, vínculados, não somente ao "homem" ao a "mulher" de nossas vidas, mas à todas as coisas que nos dão prazer e consequentemente, nos fazem sentir amor. É a capacidade de senti-lo e de percebê-lo que faz com que as pessoas sejam completamente diferentes uma das outras neste quesito. O Amor próprio talvez seja o que mais revela essas diferenças.

Deixo você com a música que deu nome a este post. Have fun!!
p.s: no último minuto do vídeo aparece uma cara conhecida muito bonitinha....



quinta-feira, 30 de abril de 2009

REFLEXIO


Ontem, fui no Santander Cultural ver uma mostra fotográfica muito interessante.

REFLEXIO - Imagem contemporânea na França traz seis artistas franceses. Cada qual com propostas e estilos diferentes, porém com um ponto em comum: trazer alguns recortes da realidade através de diferentes técnicas, questionando os próprios limites da linguagem fotográfica. Todos os artistas se conhecem entre si, mas jamais suas obras haviam sido expostas juntas.

A ideia da mostra é dar um panorama da fotografia contemporânea francesa e compreender o contexto atual da fotografia.
A curadora brasileira da exposição, Ligia Canongia, propõe uma investigação do papel da imagem e discute a inserção da fotografia como uma das mídas mais exploradas na produção contemporânea.

Patrick Tosani e Catherine Rebois discutem a questão do corpo no universo da imagem.
Suzanne Lafont e Eri Rondepierre trazem a possibilidade da fotografia intervir sobre outros meios da cultura, re-propondo suas linguagens originais. Ambos se alimentam do cinema como fonte.
Jean-Luc Moulène e Valérie Jouve (foto acima) investigam a realidade banal da vida cotidiana, seja pela análise da vida nas grandes metrópoles ou pelo comportamento e expressões humanas no dia-a-dia.

"REFLEXIO" é a origem etimológica latina de dois termos: reflexo e reflexão, palavras que exprimem o conceito e a identidade da exposição.

Vale a pena conferir, o Santander Cultural está mais bonito do que já é.
O cafézinho no Café do Cofre deve fazer parte da visita.

terça-feira, 28 de abril de 2009

FUI LOGO ALI....












...e já voltei, desculpe o sumiço...

andava envolvida com acontecimentos bem interessantes, que assim que der e fechar "novos negócios" eu conto.

Aliás, todo o "mise-en-scène" em torno de propostas para vender o meu trabalho de escrita, geralmente, me deixam meio lost. É que eu acho que é um trabalho que não dá pra mensurar assim, exatamente. Depende do tempo que vou levar para escrever, da demanda de pesquisa envolvida, do que o cliente já tem pronto, e etc.. o que a maioria das pessoas não entende é que escrever é muito mais uma questão de transpiração do que de inspiração, pelo menos no meu caso.

Além de possíveis novos jobs andei envolvida com os atuais e com as disciplinas que estou fazendo, neste semestre, no mestrado. Também fui logo ali, no Uruguai, mais precisamente em Cabo Polônio.

Uma praia linda, linda, cheia de casinhas brancas, sem energia elétrica e água corrente.

Há 70 moradores por lá. Durante a temporada de verão aumenta para 3.000. O acesso só se dá através de carros 4x4 (há uma empresa que faz o transporte), pois as dunas de areia são muitas e maravilhosas. Um lugar insólito e inusitado. Tem um farol lindo e muitos lobos marinhos em cima das pedras do costão na praia....além de uns artistas doidos que fazem um trabalho muito legal, como é o caso da última foto que estamos na língua da boca, um restaurante muito tri, todo peculiar, chamado La Gulosa.

O Cabo Polônio é daqueles lugares que dá vontade de voltar. Isso aconteceu conosco, pois exatamente um ano depois voltamos. Só que desta vez não apenas para passar um simples dia e sim para dormir 3 noites.

Tudo regado à muita luz de velas, lareiras, fogueiras, via láctea e vinhos, que adquirimos por módicos preços naquela passadinha básica pelo Chuy. Além de muitas bombeadas para retirar a água do poço e ter um fio de água corrente nas torneiras da casa, o banho foi uma experiência a parte, muito legal se tomado a dois (alias, tem que tomar a dois, do contrário fica muito complicado).

Deixo algumas fotos aí em cima para você ver do que estou falando (na primeira aparece ao fundo a casinha que alugamos, com telhado verde, estávamos indo rumo a praia, para ver o por do sol)
Fico por aqui, pois amanhã cedo tenho uma reunião de bussines!
See you soon!
p.s: legal que tem gente nova lendo o blog e se tornando seguidores.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

KUNDERA


"Há momentos na vida em que é preciso bater em retirada. Em que é preciso abandonar as posições menos importantes para preservar as posições vitais"

"Atravessamos o presente praticamente de olhos vendados, mal podemos pressentir ou adivinhar aquilo que estamos vivendo, mais tarde, quando a venda é retirada, percebemos o que foi vivido"

(Milan Kundera, em Risíveis amores)

MENTIRA


E no último encontro entre amigos, aqui em casa, descobri que a música aquela do Djavan, Flor de Lis, não foi composta da maneira trágica que relatei aqui.

Recebi a informação sobre a música de uma amiga. Ainda não falei com ela sobre o equívoco, mas com certeza ela deve ter ouvido de uma outra pessoa e me repassou a informação, pois me contou com a maior certeza do mundo.

Acontece que é tudo mentira, nada daquilo aconteceu, alguém inventou, colocou na internet e pronto, o boato se espalhou e quase virou realidade.

Doido isso, pois eu nem fui checar a informação (erro primário), achei que tinha tudo a ver (pior que tinha mesmo) e coloquei aqui no blog. Foi mal. Aí, fui no site oficial do Djavan e tinha uma nota explicando que desde 2007 esse boato andava rolando na net e que eles tomaram conhecimento a pouco tempo, bibibibóbóbó....

De qualquer forma, a música continua linda. E sua forma de criação deve ter sido mais interessante e mais feliz do que aquela.

O engraçadinho(a) que inventou a história deve ter dado muita risada.

É engraçado mesmo essa sociedade em rede em que vivemos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

CONEXÕES URBANAS



O Multishow tem trazido temáticas bem legais para a telinha.

O programa Conexões Urbanas estreiou em outubro de 2008 e já está indo para a sua segunda temporada. Sempre às 21he45min das segundas feiras ele entra no ar.

Os criadores do programa são Augusto Casé, Rafael Dragaud e José Júnior, coordenador executivo do Afro Reggae. Aliás, vale a pena assistir o Favela Rising, documentário que narra basicamente duas histórias: uma é a história da favela como espaço de resistência, criatividade, beleza e produção simbólica, muito distante dos estereótipos de carência, crime e miséria; outra é a história de redenção de inúmeros jovens através da arte. Favela Rising conta a luta cotidiana das comunidades populares do Rio de Janeiro e também mostra o empenho de seus personagens para tomar nas mãos o próprio destino ( www.afroreggae.org.br)

Mas voltando ao programa em questão, nas palavras de José Júnior, também apresentador do Conexões Urbanas: “Mais do que um programa de TV, o Conexões Urbanas é o braço televisivo de um movimento sócio-cultural. É o coroamento de uma trajetória que finalmente chega à tela da televisão e através dela já planeja seus próximos passos”.

Dá um look nas vinhetas do programa (que aparece no meio e no final do video abaixo) e nos diferentes assuntos que o programa aborda. Quem sabe um dia ainda não vou aparecer nesse programa ou trabalhar em sua produção. Who knows?

See you soon!!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

RELAÇÕES PARTE II - Sutilezas e Afinidades

Adoro perceber que tenho afinidade com algumas pessoas.

Num sábado desses recebi uma visita, ou melhor duas (é que uma tinha só oito meses de idade, uma fofa) que me fizeram perceber essa questão da afinidade. Minha amiga e agora, também mãe, é daquelas pessoas que eu adoro estar junto pelo simples fato de sentir que, apesar do tempo passar e de tomarmos rumos diferentes na vida, continuaremos a ter afinidade.
Compatibilidade, semelhança, conexão, identidade, ligação, atração e empatia são sinônimos de afinidade e ela pode surgir de uma hora para outra, basta alguém com a mesma freqüência energética que a sua ou com o mesmo santo que o seu cruzar o seu caminho.

É impressionante isso! Não é a toa que os loucos se atraem e que há tantas e diferentes tribos por aí.
Talvez a afinidade seja o mais penetrante dos sentimentos e ao mesmo tempo o mais independente, pois é um sentir com, que significa o contrário de sentir pelo, ou para ou contra...
É tudo muito sutil, há muita sutileza na afinidade.
As coisas não precisam ser ditas, nem pensadas, pois ou tu tens afinidade com uma pessoa ou tu não tens. Meio termo disso existe, só que se carrega em virtude de não podermos ser chatos e antipáticos em só nos relacionarmos com que temos afinidade.
Muitas vezes temos que socializar com alguém que não nos identificamos, mas faz parte, não adianta espernear (se bem que de vez enquando dá uma vontade louca de simplesmente não socializar com quem não nos sentimos em sintonia, but, life is hard...).
A sutileza consiste naquelas pequeeeeeeenas coisas, naqueles míiiiininos detalhes, que fazem toda a diferença.
É tudo uma questão de delicadeza, perspicácia, acuidade, argúcia...é bem de leve, digamos assim, mas é nesse movimento que a sutileza se desenha.
É através dela que se percebe quem tem ou não afinidade.

E numa outra noite dessas, ainda de verão, percebí que algumas pessoas não a tem, mas super tentam tê-la.
Isso é bem perceptível aos olhos de quem está de fora, mas às vezes se torna invisível para quem está dentro da relação.
Mil coisas, mas fico por aqui, pois como é raro ter afinidade vou aproveitá-la com muita sutileza... já que hoje estou de aniversário...comemorando alguns anos ao lado de uma pessoa com a qual tenho uma conexão que ultrapassa essa existência...