
Acredito e concordo com um querido amigo fotógrafo que vive repetindo que o grande problema dos seres humanos são as relações, ou melhor, de que os seres humanos não sabem se relacionar.
Dentro deste escopo há uma série de enfoques e o que eu vou abordar hoje são as relações de trabalho, mais precisamente sobre as relações de chefia e seus funcionários.
Não sou nenhuma expert em gestão de empresas, nem tenho MBA, mas o que mais se fala hoje, além do termo sustentabilidade no mundo corporativo é o capital social de cada empresa, que é nada mais, nada menos do que seus funcionários.
Líder, aquele verdadeiro e nato, é aquele que não precisa dizer que quem manda no pedaço é ele. Lider é justamente o contrário, não precisa reiterar com palavras isso, pois suas atitudes já o demonstram como tal.
Sei que ser funcionário é bem diferente do que ser o dirigente de uma empresa. Já fui braço direito de uma e sei como algumas visões são diferentes, mas o grande trunfo do dirigente, e é ai que mora o cerne de toda a questão, é fazer com que seus funcionários consigam pensar como ele. Esse é o verdadeiro líder de que falava antes. Sem, é claro, ter que impor isto.
Um bom líder, acredito eu, é aquele que, por muito tempo, foi um funcionário e por isso mesmo consegue entender o outro lado da moeda.
Não consigo compreender como que, em algumas empresas, ainda se pensa tão pequeno e se coloca o funcionário em segundo plano. Também não consigo entender como que um dirigente pondera e fica melindroso perante as atitudes de um funcionário, quando o mesmo começa a ter autonomia sobre suas atividades. Parece coisa de maluco, pois quanto mais o funcionário conseguir resolver os problemas da empresa sem precisar do dirigente melhor. Mas não é assim que a maioria deles pensa. Pelo contrário, é nesses momentos que aquele que não é e nem se reconhece como líder grita aos quatro ventos: quem manda aqui sou eu, não tu. Tens que te colocar no teu lugar!!
Afinal, de que lugar estamos falando? Tendo em vista que o que mais se fala hoje nas salas de aula, inclusive nas aulas de mestrado em comunicação é a tal da administração horizontal. Por que alguém estaria acima e outros abaixo se todos estão no mesmo barco? Isso é arcaico!!!! Come on!!!
Nem vou entrar no mérito de que o líder precisa estar constantemente atento a seu funcionário, respeitando-o, motivando-o, além de tentar descobrir suas qualidades e desenvolvê-las, isso é básico. Pena que a maioria dos dirigentes das empresas não entende isso, tendo o $$$$$$$$$$$$$$$$ como principal e primordial foco.
Estava escrevendo um livro para um administrador de empresas e durante os meses de pesquisa ele me deu para ler O monge e o executivo. Entre as coisas que mais me chamaram atenção foi o autor dizer que o amor faz parte do mundo dos negócios e que ele é um comportamento e não um sentimento. O autor disse também que um dos grandes segredos para um dirigente é liderar com autoridade e não com exercício de poder. Isso é muito sútil, mas faz toda a diferença (ah, eu preciso falar sobre sutilezas, próximo post será sobre isso).
Fico por aqui hoje! Voltaremos!
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